Na atualidade, muitas pessoas acreditam que a sua saúde mental está em risco. Isso porque encontramos muitos empecilhos e desafios em nosso cotidiano, os quais nem sempre conseguimos resolver facilmente.
A carga de trabalho e as expectativas profissionais podem pesar sobre nossos ombros. Precisamos ser perfeitos, rápidos, produtivos, coesos, comunicativos o tempo inteiro para satisfazer os requisitos de nossas carreiras.
Para completar o cenário, também precisamos ser presentes, compreensivos, compassivos e amigáveis em nossos círculos sociais. Assim, surge a ansiedade para fazer jus a todos esses critérios.
Além das obrigações rotineiras, há também uma gigantesca carga de informações, muitas vezes conflituosas e desgastantes, dos meios de comunicação. Os noticiários na TV, as redes sociais, os vídeos, os áudios…
Mesmo em casa, após o expediente ou em um dia preguiçoso, não conseguimos descansar a mente completamente. Ela está sempre trabalhando, absorvendo informação e nos forçando a tirar conclusões sobre assuntos os quais não nos dizem respeito.
Consequentemente, o nosso bem-estar vai sendo afetado até que, um dia, percebemos problemas emocionais que antes não existiam.
Por que é importante cuidar da saúde mental?
Quando foi a última vez que você se permitiu ficar em paz, sem se preocupar com o trabalho, problemas familiares ou de relacionamento, e seus afazeres para o dia seguinte?
Por acaso, você já parou, respirou e refletiu sobre como anda sua saúde mental?
Ainda há estigmas na sociedade sobre reservar momentos para cuidar de nós mesmos.
Embora a percepção geral tenha melhorado por conta da popularização de temas como saúde emocional, síndrome de burnout, distúrbios psicológicos, entre outros; as pessoas ou estão ligadas demais às suas obrigações ou não acreditam na seriedade dos transtornos mentais.
Elas não conseguem se distanciar delas nem dos problemas que as assolam para vê-los de longe, como um observador. Pelo contrário: se identificam com suas perturbações ou as perturbações alheias, se jogando de cabeça nelas. Só depois percebem as consequências negativas dessa atitude impulsiva.
Somos ensinados a sempre persistir, nunca olhar para trás, permanecer fortes diante de desafios. Parece que somente para sobreviver precisamos ser fortalezas impenetráveis, não né?
Respirar fundo em meio ao caos também é importante. Na verdade, é ainda mais importante do que persistência cega. Quando não desaceleramos, danificamos a nossa saúde mental.
As pessoas tendem a não prestar atenção nisso porque mesmo quando cultivamos hábitos danosos conseguimos funcionar por um tempo. É só quando um transtorno psicológico, como a depressão ou ansiedade, aparece que tomam consciência de seus atos.
É na calmaria que conseguimos coletar pensamentos e traçar planos de ação. Quando nos tratamos bem e cuidamos de nós mesmos, podemos ultrapassar qualquer obstáculo.
Nossos relacionamentos são melhores, nossos esforços profissionais são reconhecidos e nos valorizamos como deveríamos.
Porém, ainda não somos ensinados a desacelerar.
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